quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os reflexos da crise economica no Brasil

Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a economia brasileira não sairá ilesa. “Se de um lado a economia real ainda cresce de maneira forte, amparada pelo aumento do consumo das famílias e do crédito, de outro, a contaminação do mercado financeiro é inegável. Em dois meses, a Bovespa caiu de 73 mil pontos para 48.700 pontos. Isso não é normal. O efeito do mercado financeiro sobre a atividade econômica é lento, mas existe”, sustenta.

Ele explica que a queda do valor dos papéis das companhias listadas na Bovespa deixa as empresas descapitalizadas, o que significa que vai ficar mais difícil investir em novas fábricas, máquinas e equipamentos. “A médio e longo prazos, essa crise terá impacto no Brasil. No segundo trimestre de 2008, a taxa de investimentos do país atingiu 18,7% do PIB, mas isso ainda é pouco comparado com a de economias como as da China e da Índia, que gira em torno de 25% a 30%”, observa. O ponto alto do impacto da crise financeira mundial no Brasil deverá ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, avaliam os agentes econômicos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CRISE ECONÔMICA

A crise econômica global que assusta a todos nós na atualidade não é nova. As suas raízes estão no início dessa década, com dois eventos: a queda do setor .com e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Naquela época, com a sua economia fragilizada, o governo dos Estados Unidos reduziu os juros, o que é uma forma usada para se incentivar o consumo. Com juros menores, as pessoas compram e financiam mais, e a economia ganha força.

Os americanos, aos milhões, tiraram proveito dos juros baixos para financiar casas e apartamentos. As suas dívidas aumentaram consideravelmente. A situação econômica era estável, e todos esperavam poder pagar os compromissos sem maiores problemas.

Pois a situação econômica foi piorando, a inflação aumentou, e os juros tiveram que ser aumentados pelo governo. Os financiamentos, muitas vezes, tinham juros variáveis, fazendo com que pessoas que financiaram com juro baixo tivessem que, agora, pagar um juro mais alto.

Essa situação atingiu, em especial, os consumidores "sub-prime", justamente pessoas de baixa renda, com histórico de mau pagamento e uma vida financeira instável.

Essas pessoas deixaram, aos milhões, de pagar os seus empréstimos. Com isso, as financiadoras da casa própria foram atingidas. Essas financiadoras, por sua vez, não pagaram os bancos, que também foram atingidos. Logo, companhias seguradoras, outros bancos e o mercado da bolsa de valores estavam, todos, envolvidos na crise.

A crise tem muitos culpados. Consumidores iludidos com a situação financeira do país e que tomaram empréstimos que não poderiam pagar. Financiadoras que cobraram juros bem maiores que os de mercado para emprestar para quem não tinha histórico de bom pagamento. O governo central, que deixou a situação rolar sem interferir.

Em um mundo globalizado, consumidores, empresas, governos e mercados estão, todos, interligados. Isso pode ser para o bem ou para o mal de todos. Nesse caso, todos nós saímos prejudicados com a ganância dos bancos norte-americanos.

O Brasil, por fim, perde muito com a crise. Os juros bancários aumentam, a bolsa cai, o dólar sobe e o nosso país sofre. Esperamos que nem muito e nem por muito tempo.