quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Crise econômica global está longe do fim, diz BC europeu!!!

da Reuters, em Luxemburgo
da Folha Online


A crise financeira e econômica global está longe de superada e os riscos permanecem apesar de sinais positivos, afirmou neste sábado o membro do conselho do BCE (Banco Central Europeu) Yves Mersch.

"A crise não acabou. Problemas ainda são possíveis", afirmou Mersch a uma estação de rádio local. "Se as coisas estão melhores no momento, isso é por conta das intervenções fiscais e monetárias e também das medidas de liquidez, e ainda é preciso se saber como os bancos vão passar sem essas medidas."

Mersch, que é também presidente do banco central de Luxemburgo, também alertou sobre os riscos da manutenção da política de juros baixos, dizendo que as taxas devem voltar a uma estrutura mais normal quando a economia voltar aos trilhos.

O BCE manteve neste mês sua taxa de juros nos 16 países da zona do euro em um recorde de baixa de 1% em meio a dados que mostram uma recuperação da economia.

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse ontem, no entanto, que a economia global sairá da recessão durante o primeiro semestre de 2010. Ele disse inclusive que, nos últimos meses, foram publicados números macroeconômicos que poderiam sinalizar uma recuperação até mesmo um pouco antes.

Ele destacou, no entanto, que se for preciso esperar uma recuperação no nível global de emprego, "então será necessário mais tempo".

Crise econômica foi boa para o planeta

SÃO PAULO – De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a crise financeira que começou no ano passado teve impactos positivos para o planeta.

Se por um lado a redução de gastos de grandes empresas e o corte nas produções em diversos setores gerou desemprego, por outro acabou reduzindo também as emissões de gases causadores do efeito estufa.

No setor de energia, os investimentos em tecnologias poluentes diminuíram, e as emissões de CO2 podem cair até 3% até o fim do ano.

Os dados foram divulgados em uma prévia do World Energy Outlook (WEO) 2009, documento que mapeia as transformações mundiais no setor de energia.

A IEA afirma que a reviravolta econômica foi uma oportunidade para por o sistema de energia do mundo em uma trajetória rumo à estabilização das emissões de gases causadores do efeito estufa. Para se ter uma ideia, caso mais nenhuma medida contra o aquecimento seja tomada, essa queda de 3% representaria, em 2020, uma redução de 5% das emissões previstas.

O cenário ideal proposto pela IEA para as próximas décadas prevê a emissão de 450 partes por milhão de gases CO2 ou equivalentes. Neste contexto, as emissões em 2020 estariam apenas 6% maiores que em 2007, e o planeta teria se aquecido apenas 2º C.

Essa projeção seria um caminho para que, a partir daí, se entre em um ciclo de crescimento sustentável, em um futuro de energias limpas – mas isso somente seria possível com grandes investimentos.

Para atingir essa meta, serão necessários 10 trilhões de dólares investidos entre 2010 e 2030 no setor de energia. No entanto, a economia de energia na indústria, transporte e construção resultante dessas novas políticas deve poupar 8,6 trilhões de dólares entre hoje e 2030.

Mas a IEA faz um alerta: cada ano de atraso no projeto aumenta a necessidade de investimento em 500 bilhões de dólares.

O WEO-2009 estabelece as transformações de energia que países como Estados Unidos, Japão, União Européia, Rússia, China e Índia terão que fazer, setor a setor, se o mundo fosse adotar a medida de 450ppm.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Entenda a Crise do Subprime

A Crise do subprime é uma crise financeira desencadeada em 2006, a partir da quebra de instituições de crédito dos Estados Unidos, que concediam empréstimos hipotecários de alto risco, arrastando vários bancos para uma situação de insolvência e repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo. A crise foi revelada ao público a partir de Fevereiro de 2007, como uma crise financeira, no coração do sistema Uma crise grave, portanto - e segundo muitos economistas, a mais grave desde 1929, com possibilidades, portanto, de transformar-se em crise sistêmica, entendida como uma interrupção da cadeia de pagamentos da economia global - que tenderia a atingir generalizadamente todos os setores econômicos. Um prenúncio, portanto da crise econômica de 2008.
Os subprimes incluíam desde empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguel de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito - os chamados clientes ninja. Essas dívidas só eram honradas, mediante sucessivas "rolagens", o que foi possível enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os reflexos da crise economica no Brasil

Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a economia brasileira não sairá ilesa. “Se de um lado a economia real ainda cresce de maneira forte, amparada pelo aumento do consumo das famílias e do crédito, de outro, a contaminação do mercado financeiro é inegável. Em dois meses, a Bovespa caiu de 73 mil pontos para 48.700 pontos. Isso não é normal. O efeito do mercado financeiro sobre a atividade econômica é lento, mas existe”, sustenta.

Ele explica que a queda do valor dos papéis das companhias listadas na Bovespa deixa as empresas descapitalizadas, o que significa que vai ficar mais difícil investir em novas fábricas, máquinas e equipamentos. “A médio e longo prazos, essa crise terá impacto no Brasil. No segundo trimestre de 2008, a taxa de investimentos do país atingiu 18,7% do PIB, mas isso ainda é pouco comparado com a de economias como as da China e da Índia, que gira em torno de 25% a 30%”, observa. O ponto alto do impacto da crise financeira mundial no Brasil deverá ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, avaliam os agentes econômicos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CRISE ECONÔMICA

A crise econômica global que assusta a todos nós na atualidade não é nova. As suas raízes estão no início dessa década, com dois eventos: a queda do setor .com e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Naquela época, com a sua economia fragilizada, o governo dos Estados Unidos reduziu os juros, o que é uma forma usada para se incentivar o consumo. Com juros menores, as pessoas compram e financiam mais, e a economia ganha força.

Os americanos, aos milhões, tiraram proveito dos juros baixos para financiar casas e apartamentos. As suas dívidas aumentaram consideravelmente. A situação econômica era estável, e todos esperavam poder pagar os compromissos sem maiores problemas.

Pois a situação econômica foi piorando, a inflação aumentou, e os juros tiveram que ser aumentados pelo governo. Os financiamentos, muitas vezes, tinham juros variáveis, fazendo com que pessoas que financiaram com juro baixo tivessem que, agora, pagar um juro mais alto.

Essa situação atingiu, em especial, os consumidores "sub-prime", justamente pessoas de baixa renda, com histórico de mau pagamento e uma vida financeira instável.

Essas pessoas deixaram, aos milhões, de pagar os seus empréstimos. Com isso, as financiadoras da casa própria foram atingidas. Essas financiadoras, por sua vez, não pagaram os bancos, que também foram atingidos. Logo, companhias seguradoras, outros bancos e o mercado da bolsa de valores estavam, todos, envolvidos na crise.

A crise tem muitos culpados. Consumidores iludidos com a situação financeira do país e que tomaram empréstimos que não poderiam pagar. Financiadoras que cobraram juros bem maiores que os de mercado para emprestar para quem não tinha histórico de bom pagamento. O governo central, que deixou a situação rolar sem interferir.

Em um mundo globalizado, consumidores, empresas, governos e mercados estão, todos, interligados. Isso pode ser para o bem ou para o mal de todos. Nesse caso, todos nós saímos prejudicados com a ganância dos bancos norte-americanos.

O Brasil, por fim, perde muito com a crise. Os juros bancários aumentam, a bolsa cai, o dólar sobe e o nosso país sofre. Esperamos que nem muito e nem por muito tempo.